Uma nova pesquisa da Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) investiga os impactos do uso de bioinsumos associados à fixação biológica de nitrogênio e à solubilização de fósforo e potássio no solo. Os pesquisadores mapearam o mercado brasileiro analisando produtos, patentes e artigos científicos dos últimos cinco anos.

Os resultados revelam que aproximadamente 80% dos fertilizantes minerais usados no Brasil são importados, representando altos custos de produção e danos ambientais devido ao óxido nitroso, um potente gás do efeito estufa. A transição para bioinsumos poderia reduzir em até 7 milhões de toneladas a adição de nitrogênio ao meio ambiente, minimizando sua conversão em óxido nitroso.

Além dos benefícios ambientais, a adoção de alternativas sustentáveis pode economizar até US$ 5,1 bilhões para o setor agrícola, que já utiliza tecnologia predominantemente brasileira. A pesquisa também destaca que 63% dos bioinsumos disponíveis contam com a bactéria Azospirillum brasilense, sugerindo um grande potencial para a expansão do uso de microrganismos em novos produtos.