O termo “nootrópico” foi usado pela primeira vez em 1972, por Corneliu E. Giurgea, psicólogo e químico, para descrever uma ampla categoria de nutracêuticos e produtos farmacêuticos que oferecem benefícios à função cognitiva.
A cafeína é, obviamente, o mais onipresente dos nootrópicos, mas existem vários outros exemplos que os consumidores ingerem regularmente, como L-teanina (encontrada no chá preto e verde), antocianinas (encontradas em amoras), nicotina e creatina.
De acordo com a Research and Markets, o mercado nutracêutico global (cobrindo alimentos funcionais, bebidas funcionais e suplementos alimentares) é estimado em US$ 330,6 bilhões em 2022 e deve atingir US$ 441,7 bilhões até 2026, crescendo a um CAGR de 7,8% durante esse período.
Contra esse pano de fundo de crescimento significativo, o Nootropics Global Market Report 2022, publicado recentemente pela Research and Markets, relata que o mercado global de nootrópicos deve crescer de US $ 3,36 bilhões em 2021 para US $ 3,95 bilhões em 2022, em um CAGR de 17,5%, devendo crescer para US$ 6,61 bilhões em 2026, a um CAGR de 13,7%.1
A crescente popularidade dos nutracêuticos, e particularmente a variedade nootrópica, parece refletir os consumidores adotando uma abordagem mais ativa da sua saúde e bem-estar como consequência da evolução das escolhas de estilo de vida, maior conscientização sobre a saúde e uma mudança em direção a um paradigma de saúde preventiva.
Os nootrópicos estabeleceram um apelo amplo e intergeracional, pois os indivíduos procuram “biohackear” sua função cognitiva com suplementos e alimentos funcionais por diferentes razões. Profissionais de eSports e jogadores competitivos estão usando cada vez mais nootrópicos para melhorar seu desempenho.
Produtos nootrópicos contendo silicato de arginina ligado (ASI) e inositol, por exemplo, melhoraram a capacidade de realizar testes cognitivos complexos em um estudo, enquanto um segundo mostrou função cognitiva significativamente melhorada antes e após um desafio de jogo de uma hora.
Desde então, isso foi verificado em outro estudo de acompanhamento. De acordo com o Global Entertainment and Media Outlook 2022-26 da PwC, a indústria global de jogos deve valer US$ 321 bilhões até 2026 e parece provável que a indústria nootrópica também capitalize sua crescente popularidade.
No entanto, não são apenas os jogadores que estão se voltando cada vez mais para os suplementos nootrópicos; há um uso crescente na nutrição esportiva por atletas, particularmente aqueles envolvidos com jogos de equipe que exigem rápida tomada de decisão, controle motor, coordenação e tempo. Bebidas esportivas nootrópicas formuladas com nootrópicos de ervas já existem e são comercializadas para ajudar a melhorar o foco e os níveis de energia.
Talvez não seja surpreendente, então, que os nootrópicos também estejam sendo comercializados para profissionais que desejam ser mais produtivos e manter o foco, bem como para as gerações mais velhas que desejam manter a acuidade mental e evitar qualquer declínio cognitivo.
Outra razão notável para a crescente popularidade dos nootrópicos é que estão se tornando mais convenientes e mais apetitosos para consumir. Como muitos produtos de suplementos, os nootrópicos estão prontamente disponíveis na forma de gomas mastigáveis para adultos (e em uma variedade de sabores) para aqueles que têm “fadiga da pílula”.
Existem, por exemplo, barras de proteína/snacks nootrópicos, bebidas de desempenho, bebidas funcionais sem estimulantes e, até mesmo, misturas de café adaptogênicas. A extensão em que os produtos nootrópicos se estenderam ao domínio público talvez seja bem ilustrada pela inauguração de um bar de coquetéis nootrópicos em Londres, em abril de 2022; servindo coquetéis nootrópicos (opções alcoólicas e não alcoólicas disponíveis), permite que os clientes carreguem nootrópicos enquanto desfrutam de uma noite de diversão.
O crescimento dos cuidados de saúde personalizados/individualizados também se infiltrou no setor nootrópico. Os inovadores nootrópicos começaram a oferecer formulações nootrópicas personalizadas/individualizadas - determinadas por algoritmos proprietários - que pegam as respostas do consumidor a questionários de estilo de vida e as convertem em uma formulação personalizada de nootrópicos que é considerada a mais benéfica para o usuário.
Sem surpresa, o mercado de nootrópicos é um viveiro de inovação, pois as empresas lutam para distinguir seus produtos dos de seus concorrentes e capitalizar a mudança nas tendências de consumo. É claro que a estratégia de branding e marketing desempenhará um papel significativo no sucesso comercial de tais produtos.
Fonte: Nutraceutical Business Review
