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Brasileiros estão dispostos a fazer compras no metaverso

Quase metade dos consumidores brasileiros (49%) está disposta a fazer compras no metaverso e 51% realizariam mais compras on-line com o uso de plataformas imersivas. Essas são algumas das conclusões do estudo “Radiografia do Shopper Brasileiro“, feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o Instituto Qualibest.

Ainda de acordo com a pesquisa, embora 95% dos entrevistados nunca tenham usado o metaverso, 70% aceitariam entrar usar a ferramenta. “O desejo de experimentar existe. O desafio é oferecer uma experiência que não seja apenas imersiva, mas que possa fazer parte do dia a dia dos consumidores de uma forma prática e vantajosa para o consumidor”, comentou Eduardo Terra, presidente da SBVC. Para 64% dos entrevistados, o metaverso é uma evolução natural da internet.

O estudo também mostra que o consumidor já é omnichannel em seu comportamento de consumo. Ao mesmo tempo em que 71% dos entrevistados preferem fazer compras pela internet (para 75%, o preço baixo estimula as compras digitais e 62% valorizam a praticidade), a possibilidade de experimentar produtos nas lojas físicas é a característica mais valorizada nos pontos de venda.

Dois terços dos entrevistados gostam da ideia de lojas tecnológicas, que incorporam recursos digitais para oferecer uma experiência híbrida entre físico e digital. Para 80% dos entrevistados, o principal atributo de uma loja tecnológica é a possibilidade de realizar pagamentos sem fila ou por autoatendimento. “Nos últimos dois anos, o consumidor brasileiro se acostumou a acessar recursos digitais e fazer pagamentos de maneira rápida e prática. Com isso, passam a esperar que as lojas físicas ofereçam o mesmo tipo de facilidade. Esse será um fator cada vez mais importante na experiência dos clientes”, afirmou Terra.

Entre as categorias em evolução no varejo on-line, vale destacar a satisfação de 86% dos clientes com a experiência de compra em supermercados on-line. “O varejo de supermercados teve um grande impulso digital nos últimos dois anos, mas os números deixam claro que ainda existe espaço para oferecer mais praticidade e encantamento aos clientes”, analisou.

O estudo também procurou identificar as características mais desejadas pelos consumidores em suas compras nas lojas físicas. Atualmente, a maioria dos clientes concentra a maior parte de suas compras em lojas de shopping center, com exceção do público das classes C e D, que compra mais em lojas de rua.

Especialmente na classe A, lojas grandes de marcas conhecidas são mais valorizadas e o atendimento é a característica mais importante de uma loja ideal (item citado por 58% dos consumidores). A seguir vêm o uso de tecnologias (21%) e atributos de sustentabilidade (19%). Entre os consumidores da classe A, porém, a preferência pelo atendimento por meio de vendedores não é tão intensa (39%, contra 63% do total do estudo). Por outro lado, 61% dos consumidores de maior poder aquisitivo gostam do autoatendimento, contra 37% no total do estudo. “Esse é um público que adota tendências mais rapidamente. Por isso, é importante aproveitar esse momento para aperfeiçoar sistemas de self checkout e outras soluções que levem mais autonomia ao consumidor”, afirmou.

Sistemas de pagamento sem fila ou por autoatendimento foram citados por 80% dos entrevistados como tecnologias que gostariam de acessar nas lojas. Já os carrinhos inteligentes de compra foram citados por 62% e aplicativos para escanear produtos, por 59%. “Fica claro que o autoatendimento já é visto como um benefício em todo perfil de público”, completou o presidente da SBVC.

O estudo “Radiografia do Shopper Brasileiro” foi realizado com 650 pessoas no início de junho de 2022, por meio de um painel on-line, com uma amostra formada por 52% de mulheres e 48% de homens, pertencentes às classes sociais A e D, em cinco grandes regiões metropolitanas do país. A margem de erro do estudo é de quatro pontos percentuais.

Fonte: Food Innovation




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