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Frutas inteiras, secas, congeladas ou em sucos: existe diferença de nutrientes?

O Brasil tem uma variedade de frutas o ano todo, em todos os tamanhos, formas e cores, mas será que existe alguma diferença entre frutas inteiras in natura para o suco ou versões congeladas e secas?

Todos nós já ouvimos falar das cinco porções recomendadas de frutas e vegetais por dia. Mas, no mercado, podemos encontrar diversas opções de formas em que são comercializadas, desde o clássico in natura até versões congeladas, secas ou líquidas (em suco 100% natural). A quantidade de nutrientes varia entre essas formas?

Assim como outros alimentos, frutas diferentes têm valores nutricionais diferentes. Geralmente, frutas inteiras são boas fontes de fibra, enquanto sucos de frutas não são. E uma xícara de suco de frutas, mesmo suco de frutas 100%, tem muito mais açúcar do que um pedaço ou uma porção de fruta inteira. Além disso, frutas inteiras são mais saciantes do que sucos. Ao atingir a ingestão recomendada de frutas e vegetais, é melhor comê-los (inteiros) do que beber (suco). No entanto, não se deve evitar completamente beber suco - se for 100% suco, preferencialmente não peneirado, nem adoçado -, mas você deve limitar o consumo a não mais que dois copos por dia”, explicou a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Quanto à seção de freezer do supermercado, muitas vezes abastecida com uma grande variedade de frutas congeladas, a Dra. Marcella pontua que essas frutas são muitas vezes descascadas e cortadas (como a manga por exemplo), o que é conveniente e muitas vezes mais barato do que frutas frescas. “As frutas congeladas geralmente são colhidas e congeladas rapidamente perto do ponto de colheita, portanto, os nutrientes são bem preservados. Além disso, algumas frutas sazonais, como mirtilos, estão prontamente disponíveis na forma congelada o ano inteiro. A chave para a seleção é escolher frutas congeladas sem adição de açúcar. Essa é uma excelente opção, principalmente nos casos em que a sazonalidade influencia na oferta daquela fruta in natura”, explica. Lembrando que devem ser utilizadas congeladas mesmo ou após descongelamento lento, sob refrigeração, evitando qualquer forma de descongelamento rápido como o micro-ondas, para preservar os nutrientes.

Há uma série de frutas que estão disponíveis na forma seca, como passas, damascos e abacaxi, só para citar alguns. A Dra. Marcella destaca que essas também têm bons valores nutricionais, mantêm-se por um longo tempo, são fáceis de transportar, porém são mais ricas em calorias (por uma questão de perda de água), tornando-as boas fontes de energia para praticantes de atividade física. “No entanto, algumas costumam ter açúcar adicionado no processo de secagem, principalmente manga e abacaxi ou, ainda, existem as que são glaceadas em calda de açúcar. Os cranberries secos quase sempre têm adição de açúcar, pois são naturalmente muito azedos. Mesmo para aqueles sem adição de açúcar, o volume compacto e a doçura tornam bastante fácil comer muito de uma só vez, e o consumo calórico aumentar rapidamente. Portanto, é necessário cautela e equilíbrio.

Quando se trata de frutas orgânicas e cultivadas de forma convencional, sejam elas frescas, congeladas ou secas, existem muitas opções. “Nutrologicamente, não há diferença suficiente para escolher um em detrimento da outra, mas sempre precisamos lembrar que algumas frutas tendem a ter mais pesticidas residuais do que outras, e é sempre recomendável lavar bem as frutas antes de comer”, explica.

A Dra. Marcella enfatiza que diferentes frutas são boas fontes de diferentes nutrientes. “As frutas cítricas são ricas em vitamina C, por exemplo, e outras frutas também são boas fontes de outros nutrientes, fibras e antioxidantes”, observa. Também destaca alguns micronutrientes importantes presentes nas frutas: potássio, ferro, vitamina C, folato, vitamina A, carotenoides e polifenóis. “O potássio tem como função o equilíbrio de fluidos e eletrólitos, mantendo a pressão sanguínea saudável; ele está presente em laranjas, framboesas, bananas, cerejas, romãs, melões e abacates. O ferro participa da formação de glóbulos vermelhos e do crescimento do cérebro em crianças; ele está presente em damascos secos e passas. A vitamina C age na manutenção do sistema imunológico saudável, na cicatrização de feridas e é antioxidante; frutas cítricas, morangos e kiwi contam com o nutriente. O folato é necessário para síntese de DNA, formação de glóbulos vermelhos e desenvolvimento inicial do tubo neural no feto; podemos encontra-lo em laranjas, mangas e abacates. Já a vitamina A age na melhora da visão noturna, crescimento celular e função imunológica, podendo ser encontrada no melão Cantalupo”, destaca. Além dos nutrientes acima, certas frutas também são ricas em carotenoides e polifenóis, entre eles os flavonoides. “Este é um grupo diversificado de compostos, alguns dos quais são potentes antioxidantes que protegem contra os danos oxidativos e podem reduzir o risco de certas doenças, como doenças cardiovasculares e diabetes. Em particular, frutas cítricas são ricas na classe de flavonoides de flavanonas, e amoras, mirtilos, cranberries e cerejas são ricas na classe de flavonoides de antocianidinas”, completa.

Não há uma fruta que tenha todos os nutrientes, então, consumi uma variedade é a chave para uma boa saúde, segundo a Dra. Marcella. “A maioria dos adultos deve comer uma variedade de cores em cerca de três a cinco porções ao dia. Priorize frutas inteiras em vez de suco. Dê preferência ao que estiver na época, pois será mais barato. Mas também não deixe de lado os gostos pessoais para escolher frutas secas ou congeladas. E aproveite suas frutas: coma com atenção para apreciar plenamente o cheiro, a textura e o sabor. Bom apetite!”, finaliza.

Fonte: Food Innovation




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