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Diversificação de portfólio é um diferencial para a rentabilidade da indústria de lácteos

Nos últimos anos, temos passado por desafios econômicos expressivos a nível global que atravessam todos os setores e indústrias, criam demandas e impõem necessidades. Entraves logísticos em cadeias de fornecimento, aumento de preço de insumos, oscilações no valor de moedas e medidas restritivas relacionadas à pandemia sendo aplicadas de forma inconstante ao redor do globo são apenas alguns dos fatores que têm estrangulado as margens de diferentes indústrias. O setor de alimentos e bebidas não é exceção.

A indústria láctea tem atravessado tempos difíceis, especialmente no Brasil, em que assistimos a uma alta de preços do leite, decorrente da queda na produção do campo, que, por sua vez, se dá em função de um contínuo aumento no preço dos insumos utilizados nessa produção.

Esse cenário tem estreitado as margens, limitando os investimentos na produção do leite e diminuindo o potencial de oferta, o que é particularmente importante quando consideramos o tamanho da indústria láctea nacional: mais de 34 bilhões de litros de leite por ano, uma produção oriunda de quase 100% dos municípios do país. A cadeia produtiva emprega, atualmente, tanto no campo quanto na cidade, cerca de quatro milhões de pessoas.

Na outra ponta, temos vivido mudanças importantes nos hábitos de consumo de alimentos e bebidas no Brasil, direta ou indiretamente ligadas ao longo período de distanciamento social e à alta de preços da maioria dos produtos nas gôndolas. Para manter margens saudáveis para quem produz e quer agradar aos consumidores, é fundamental que as indústrias lácteas diversifiquem seus portfólios, apostando em derivados do leite, bebidas fermentadas, bebidas lácteas de alto teor de proteína, leite em pó e, sobretudo, queijos.

Com relação ao queijo, segundo a Embrapa, 97% dos brasileiros consomem algum tipo de queijo, fazendo do produto um dos derivados do leite com maior presença na cesta de compras. Além disso, uma pesquisa da Tetra Pak com a Lexis Research revela que, no Brasil, 46% das pessoas afirmam ter aumentado a ingestão do alimento durante a pandemia.

Assim, é fundamental encontrar parceiros adequados para o desenvolvimento de novos produtos, como fornecedores com conhecimento sobre a indústria e as melhores formas de agregar novas opções ao portfólio, garantindo a rentabilidade buscada. Esse apoio pode vir desde a criação de receitas para os novos produtos até a aquisição de equipamentos e componentes para as plantas industriais, passando por otimizações e melhorias contínuas durante e após a implementação do processo, o que leva a ganhos de escala e eficiência operacional.

Trata-se de fazer mais com menos e inovar em tempos de instabilidade. O cenário econômico está instável, mas a diversificação de portfólio pode trazer ao produtor a rentabilidade que seu negócio precisa, mesmo durante os momentos de crise. E mais do que isso: quando ela surge aliada às tendências de consumo de alimentos e bebidas, à sustentabilidade e ao bem-estar da população, os resultados positivos são consequência direta.

Fonte: Food Connection




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