A produção de leite industrializado no Brasil manteve sua trajetória de crescimento em 2024, consolidando o segundo ano consecutivo de avanço. Desde 2022, o setor acumula alta de 6,3%, de acordo com dados do boletim Agro em Dados, divulgado em abril pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás.

No último trimestre de 2024, o volume de leite captado no país atingiu 6,7 bilhões de litros, um aumento de 4,6% em comparação ao mesmo período de 2023. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste seguem como líderes na captação nacional. Entre elas, destaca-se o estado de Goiás, responsável por 81,9% da produção leiteira do Centro-Oeste, reafirmando seu papel estratégico no setor.

Os custos de produção também apresentaram sinais de alívio. Dados da Embrapa apontam melhora na relação de troca em janeiro de 2025: foram necessários 33,8 litros de leite para adquirir 60 kg de mistura, número 17,2% menor do que o registrado em janeiro de 2023. Essa redução contribui para maior rentabilidade dos produtores, mesmo diante dos desafios da entressafra.

No mercado internacional, as exportações brasileiras de derivados lácteos tiveram desempenho positivo em fevereiro de 2025. A manteiga foi o principal destaque, com volume exportado quase sete vezes maior do que no mesmo mês de 2023. Outros produtos também registraram crescimento:

• Creme de leite: +15,7%

• Leitelho: +39,3%

• Soro de leite: +16,5%

Valorização do queijo brasileiro

Nos dois primeiros meses de 2025, o queijo foi o terceiro derivado lácteo mais valorizado nas exportações brasileiras, com preço médio de US$ 5.870,68 por tonelada. Em Goiás, o queijo goiano se destacou como o segundo derivado mais bem pago no estado, com média de US$ 3.755,33 por tonelada, atrás apenas do leite em pó e do doce de leite.