A agricultura enfrenta uma série de desafios que comprometem sua eficiência e segurança alimentar global. Estima-se que até 2050 será necessário aumentar a produção de alimentos em 60% para sustentar uma população mundial de 9,3 bilhões de pessoas, conforme alerta da FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura).

No entanto, os desafios atuais da indústria agrícola, como pragas e doenças que consomem cerca de 40% da produtividade global, degradação do solo afetando um terço da terra cultivável e problemas relacionados à irrigação ineficiente e escassez de água, ameaçam essa meta. Esses problemas têm custos econômicos significativos, como os US$ 70 bilhões anuais gastos devido às pragas.

Diante desses desafios, a Inteligência Artificial (IA) surge como uma ferramenta promissora para transformar a agricultura. A previsão é de que o mercado de IA na agricultura cresça de US$ 1,7 bilhão em 2023 para US$ 4,7 bilhões até 2028.

Empresas estão desenvolvendo soluções que utilizam IA para identificar pragas, monitorar a saúde do solo e otimizar o uso da água, resultando em aumento da produtividade e redução dos custos para os agricultores. Além disso, inovações oferecem métodos precisos de controle de ervas daninhas, reduzindo o impacto ambiental e os custos associados.

No entanto, a implementação da IA na agricultura também levanta questões sobre deslocamento de empregos, concentração de propriedade e privacidade de dados.

As oportunidades oferecidas pela IA para enfrentar os desafios da agricultura são significativas, como aumento da eficiência e da sustentabilidade do setor; contudo, é necessário uma abordagem ponderada para garantir que os seus benefícios sejam maximizados, enquanto se mitigam os riscos associados.