As microalgas estão fazendo sucesso por seu conteúdo altamente nutritivo e status como uma “biomassa de superalimento” natural, baseada em plantas e sustentável.
Estima-se que existam entre 200.000 e 800.000 espécies diferentes de microalgas, mas apenas um pequeno número está disponível comercialmente, com destaque para espirulina, Chlorella e Tetraselmis (um gênero de algas verdes), que estão sendo aproveitadas como fontes alimentares de proteínas, ferro, vitaminas do complexo B, ácidos graxos e antioxidantes.
A história da espirulina remonta aos astecas no século XVI, que a consumiam para obter benefícios nutricionais e saudáveis. A Chlorella é reconhecida por sua ação antienvelhecimento, antioxidante e desintoxicante. E a Tetraselmis é uma microalga marinha que ainda não foi explorada significativamente como ingrediente ou suplemento alimentar humano.
Atualmente, esses ingredientes estão sendo incorporados em produtos lácteos, como queijos e nutrição esportiva, para aumentar a nutrição, e em outros alimentos e bebidas como corantes alimentícios naturais.
As possibilidades de uso das microalgas são abundantes, tanto para características funcionais quanto para nutrição. A espirulina, Chlorella e Tetraselmis apresentam boa dispersibilidade a 5%, melhorada com o aumento da temperatura.
Em termos de capacidade de retenção de água, a espirulina possui valor muito positivo, próximo da clara de ovo. Já a Chlorella e a espirulina apresentam alta capacidade de formação de espuma, com a espirulina exibindo uma estabilidade de espuma significativa.
A espirulina oferece uma gama mais ampla e mais facilmente acessível de funções nos alimentos do que a Chlorella ou a Tetraselmis, que devem ser fisicamente quebradas ou fermentadas para liberar seu potencial nutricional.
A espirulina pode ser usada para espessamento, estabilização, texturização, como alternativa ao ovo e ao glúten, aglutinante, agente gelificante, corante natural, entre outras aplicações.
As três microalgas também apresentam perfis nutricionais variados, sendo a espirulina e a Chlorella semelhantes com relação aos macronutrientes. Já na Tetraselmis, os percentuais de proteína e lipídios são significativamente menores em comparação com os outros dois gêneros, no entanto, contém uma pequena porcentagem de ácido graxo EPA.