A GNT, fornecedora de corantes naturais sob a marca Exberry Coloring Foods, divulgou seu novo relatório de sustentabilidade que inclui um roteiro até 2030 para otimizar os impactos ambientais e sociais em suas operações globais.
As metas do roteiro incluem reduzir a pegada ambiental das linhas de produtos Exberry em 25% e reduzir a intensidade das emissões equivalentes de CO2 das fábricas em pelo menos 50%. A empresa também pretende introduzir mais “culturas de captura” em suas operações agrícolas, ao mesmo tempo em que se afasta do consumo de gás e do uso excessivo de água.
Abrangendo os escopos 1, 2 e 3, esses dados trarão vantagens para as marcas de alimentos e bebidas, pois permitirão calcular a pegada ambiental total dos produtos finais.
“Desde que a GNT foi fundada, em 1978, estamos revolucionando a indústria de corantes alimentícios com nossas soluções naturais Exberry. Hoje, somos conhecidos por oferecer as soluções mais naturais do mercado. Agora, queremos levar isso para o próximo nível e liderar o setor em sustentabilidade também”, comentou Frederik Hoeck, diretor administrativo do Grupo GNT.
A cada ano, a GNT produz mais de 11.500 toneladas métricas de concentrados de Exberry a partir de frutas, vegetais e plantas comestíveis, o suficiente para colorir mais de 40 bilhões de porções de alimentos e bebidas.
A empresa monitora continuamente as tendências do consumidor e publicou recentemente sua pesquisa de mercado “The Power of Color”, que os formuladores podem usar para personalizar novas soluções de coloração personalizadas para o setor de alimentos e bebidas.
Até 2030, a empresa pretende que as suas cenouras pretas ou laranjas, rabanetes, abóboras, batata-doce e açafrão obtenham a certificação pelo Global G.A.P. (ou um esquema equivalente), FSA (bronze mínimo) ou ambos. Os esquemas apoiarão as melhores práticas em tópicos como biodiversidade, saúde do solo, gestão da água, gestão integrada de pragas, práticas econômicas, saúde e segurança.
Segundo a GNT, a empresa planeja implementar 10 projetos de biodiversidade, focando predominantemente na criação de habitats prósperos para a natureza dentro das suas cadeias de suprimentos europeias. Como ponto de partida, serão entregues melhorias nas unidades da GNT em Mierlo (Holanda), Heinsberg (Alemanha) e Aachen (Alemanha), que cobrem uma área significativa. O relatório destaca que serão introduzidas zonas verdes mais naturais e medidas de adaptação climática nas unidades de produção de Mierlo, que possui cerca de 6,7 hectares no total, e de Heinsberg, que tem aproximadamente cinco hectares. Este projeto está previsto para implementação em 2022.
A partir de 2023, a GNT estabelecerá prados de flores anuais, longe das terras agrícolas, para fornecer um habitat para insetos e pequenos mamíferos em 5% das suas áreas de cultivo holandesas, alemãs e belgas. Além disso, a empresa ajustará a rotação de culturas e incluirá culturas adicionais em seu cultivo de rabanete e cenoura. As culturas de captura são cultivadas para utilizar os nutrientes durante o inverno ou após a estação de crescimento, o que, de acordo com a empresa, pode proteger os nutrientes de serem lavados e, até mesmo, fixar o nitrogênio do ar. O cultivo dessas culturas proporcionará vegetação permanente, melhorará a estrutura do solo e sustentará a biodiversidade.
Também serão implementados cinco projetos de subsistência social.
A GNT compartilhou que já alcançou uma melhoria de 17% nos rendimentos e no uso de energia em seu processo de spirulina por meio de uma nova instalação de filtro. A spirulina é um ingrediente-chave usado em sua solução de coloração líquida à base de plantas verdes, lançada recentemente.
No ano passado, a adição de um novo filtro permitiu à empresa reduzir em 20% o uso de água em uma das suas plantas. Atualmente, a empresa está analisando a possibilidade de usar um filtro adicional que possa melhorar ainda mais a eficiência da água.
Embora a filtragem tenha um papel importante a desempenhar, o GNT enfatiza a necessidade de introduzir medidas extras para alcançar a neutralidade de carbono. Como tal, está atualmente à procura de uma forma mais sustentável de gerar calor.
A pegada hídrica total da GNT foi de 653.454 metros cúbicos em 2021. “Embora seja um número grande, reduzimos nosso consumo de água por tonelada de produto acabado em quase 22%, superando nossa meta inicial. Precisamos ver se mantemos isso nos próximos anos e se podemos definir uma nova meta mais desafiadora em 2022”, detalhou a empresa.
Enquanto isso, a energia total da GNT por tonelada de material produzido diminuiu aproximadamente 16% em 2021, em relação a 2020, assim como as emissões de carbono relacionadas à produção. As emissões totais dos escopos 1 e 2 totalizaram 16 mil toneladas métricas de CO2-eq.
“A GNT está comprometida em elevar os padrões da indústria mais do que nunca, fornecendo cores que oferecem custo de uso, desempenho, naturalidade e sustentabilidade. Atingir nossos objetivos não será fácil, mas já estamos fazendo um excelente progresso em várias áreas”, disse Rutger de Kort, gerente de Sustentabilidade da GNT.
Fonte: Food Ingredients First
