A decisão da Microsoft de investir US$ 64 bilhões em uma empresa de jogos é apenas mais um exemplo recente dos grandes investimentos feitos por gigantes globais de tecnologia em realidade estendida, virtual ou aumentada. Algumas outras empresas mundialmente conhecidas como o Facebook, Microsoft, Nvidia, Google e Apple também investem nesta tecnologia avançada.
Experimentar esse novo mundo exigirá que os consumidores usem headsets de realidade virtual e, até agora, a relutância em fazê-lo é a maior barreira para a adoção. No entanto, muitos esperam que a realidade virtual alcance seus recursos promissores.
Como essa tecnologia revolucionará os negócios de fornecedores de alimentos, restaurantes e varejo? No mundo dos jogos, um Metaverso pode integrar espaços virtuais e físicos, bem como economias virtuais.
Popularizado na ficção científica, o Metaverso, provavelmente, se tornou conhecido pelos consumidores tradicionais durante a mania Pokémon Go de 2016, quando as pessoas usavam smartphones para “pegar” pokemons pela cidade. Os jogos Second Life e Fortnite também incluem o conceito de Metaverso.
Os desafios centrados na criação de um Metaverso incluem as limitações tecnológicas de programação, desenvolvimento de hardware (headset) e os custos de criação e execução de sistemas de realidade estendida (XR). Até agora, as pessoas não usaram óculos ou headsets por longos períodos de tempo, com muitos achando que o equipamento induz náuseas.
A maior parte do que se ouve sobre o Metaverso pode ser considerado 'de momento', mas há cinco áreas em que as ferramentas de realidade estendida (XR) estão começando a fazer uma diferença real na agricultura e na alimentação.
Observação e visualização é uma delas. A realidade estendida (XR) permite que os agricultores expandam o que veem com seus olhos para ajudar a visualizar a fertilidade do solo, a qualidade da produção, pragas e doenças em uma fazenda inteira e usar esses dados para selecionar culturas e práticas de gerenciamento ideais.
Em instalações pecuárias internas, realidade aumentada (RA), que inclui tecnologia que monitora a ventilação, a qualidade do ar e a temperatura; dispositivos de computação, como sensores de animais; e inteligência artificial (IA), como visão de câmera, são combinados para dar aos produtores a oportunidade de monitorar a saúde e o bem-estar animal em tempo real. Ao ar livre, os aplicativos de RA podem rastrear e ajustar os limites digitais para pastagem.
Outra área é na origem dos alimentos e ingredientes. Os códigos QR tornaram-se cada vez mais populares em embalagens e menus de alimentos. Aprimorado pela RA, o smartphone pode fornecer informações sobre nutrição, composição do produto e origem dos produtos lácteos. Os códigos QR aprimorados por RA permitem que os compradores "visitem" fazendas, aprendam técnicas de culinária e outras atividades.
Outra área em que as ferramentas de realidade estendida (XR) estão começando a fazer uma diferença real é no treinamento dos empregados. Experiências imersivas de e-learning transformam o treinamento da equipe, trazendo métodos e técnicas avançadas de precisão para fazendas geograficamente dispersas.
O aumento da eficiência e da segurança também é uma das áreas favorecidas. A tecnologia RA pode ajudar os produtores a selecionar ferramentas e equipamentos ideais para tarefas específicas.
E, por fim, melhorar a experiência do consumidor. A RA focada no consumidor é principalmente sobre contar histórias. Por exemplo, o sistema RA pode combinar impressão interativa, demonstrações ao vivo e experiência RA para contar aos consumidores a história de seus alimentos e permitir que os clientes criem sua própria experiência RA.
Enquanto a explosão do ‘Metaverso’ está focado na experiência divertida, o setor agroalimentar está explorando as aplicações práticas da RA.
Fonte: Milk Point