Gigantes do setor de bebidas estão redefinindo suas estratégias ao mesclar linhas alcoólicas e não alcoólicas, acompanhando as mudanças nos gostos dos consumidores. Com o declínio da popularidade da cerveja e do vinho tradicionais, os fabricantes estão diversificando seus portfólios com novas ofertas.

A diversificação é ainda mais acelerada pela ameaça de tarifas mais altas, que podem aumentar os custos de produtos tradicionais. O segmento “além da cerveja”, que inclui bebidas alcoólicas enlatadas como coquetéis e chás duros, teve crescimento de 6,3% no último ano, de acordo com dados da Nielsen.

As vendas gerais de cerveja caíram 0,5% no último ano, com volumes recuando 2,5%. Empresas como AB InBev e Molson Coors enfrentaram quedas ainda maiores, de 3,5% e 2,2%, respectivamente. A cerveja artesanal, por sua vez, enfrenta um período de declínio. Em 2024, a produção caiu 2%, com mais fechamentos de cervejarias do que aberturas nos EUA. Ainda assim, o mercado global de cerveja artesanal deve atingir US$ 242 bilhões até 2033, com crescimento anual composto de 9,5%, segundo a Straits Research.

Enquanto diversificam suas ofertas, os fabricantes de cerveja têm voltado sua atenção para o crescente mercado de bebidas energéticas, que registrou crescimento de 3,9% no último ano.

Com mais consumidores reduzindo o consumo de álcool, as bebidas adultas não alcoólicas estão crescendo rapidamente, lideradas pela cerveja sem álcool. O setor, que deve ultrapassar US$ 30 bilhões até 2032, atrai tanto bebedores de longa data quanto novos consumidores em busca de alternativas.