Pós-bióticos: uma tendência emergente na saúde digestiva
Os pós-bióticos são subprodutos benéficos ou produtos residuais de bactérias probióticas e incluem ácidos orgânicos, enzimas, ácidos graxos de cadeia curta, peptidoglicanos e polissacarídeos. São estáveis, portanto, nenhuma cadeia de frio é necessária para levá-los aos consumidores. Resistentes a várias condições de processamento e armazenamento, possuem uma vantagem sobre os probióticos em produtos como laticínios ou snacks, que são tecnicamente desafiadores para bactérias probióticas devido ao tratamento térmico, armazenamento ambiental ou falta de umidade, por exemplo. Portanto, os pós-bióticos podem ajudar a proporcionar benefícios à saúde intestinal nessas categorias, antes difíceis de serem alcançados.
Além dos fabricados pelos desenvolvedores de ingredientes, os pós-bióticos são geralmente encontrados em alimentos fermentados por bactérias vivas, como chucrute e tempeh, pois são subprodutos do processo de fermentação.
E os parabióticos? Enquanto os pós-bióticos resultam das ações de bactérias probióticas, os parabióticos são outra família de organismos que estão ganhando atenção no mundo dos bióticos. São células microbianas não viáveis, ou mortas, embora alguns prefiram evitar o uso da palavra "mortas", pois pode sugerir que não têm função biológica. O Lactobacillus plantarum inativado pelo calor é um exemplo, para o qual os pesquisadores demonstraram possíveis benefícios anti-inflamatórios.
Em maio deste ano, a Associação Científica Internacional de Probióticos e Prebióticos (ISAPP) esclareceu a definição de pós-bióticos em resposta ao crescente interesse na área, definindo-os como “uma preparação de microrganismos inanimados e/ou seus componentes que conferem um benefício à saúde do hospedeiro”. A definição foi obtida por consenso através de um painel de cientistas especialistas.
Muitas empresas também estão combinando pré e probióticos com outros ingredientes que os consumidores já associam à saúde digestiva, como ingredientes botânicos, entre eles gengibre e açafrão. Essa abordagem também pode fornecer uma rota para o mercado de pós-bióticos.
