Café e chá devem reconciliar o desejo dos consumidores de equilibrar energia e relaxamento
A pandemia remodelou a indústria de bebidas, mudando a demanda dos consumidores por bebidas funcionais. O café e o chá, em particular, enfrentaram o duplo desafio de proporcionar benefícios energéticos de novas maneiras, bem como de se adaptar a espaços de demanda emergentes, como a imunidade. Os efeitos dessa mudança continuarão a ser sentidos nos próximos anos.
As funcionalidades do café e do chá estão em constante evolução, mas normalmente não substituem o posicionamento tradicional. Ao invés disso, novas funcionalidades se juntam as já existentes para dar aos consumidores uma gama cada vez maior de opções para atender as suas necessidades específicas.
A funcionalidade central foi, e sempre será, energia. Mesmo com o café e o chá explorando novos espaços, o fornecimento de energia com cafeína precisará permanecer sendo o foco, porque os consumidores em todo o mundo dependem dessas bebidas para obter energia.
No entanto, existe muito espaço para inovação e duas áreas viram muita atividade: ultra cafeína e funcionalidades calmantes. Produtos com alto teor de cafeína já eram vistos antes da pandemia, mas aumentaram de intensidade recentemente. Várias marcas de café e chá estão aumentando os níveis de cafeína ou adicionando ingredientes como guaraná (Paullinia cupana) ou ginseng (Panax ginseng) para fornecer um impulso adicional. O conteúdo de cafeína é cada vez mais potente no campo do café pronto para beber (RTD), à medida que os cafés gelados oferecem aumentos de energia mais limpos e mais intensos.
Os consumidores podem querer ficar mais relaxados e dormir melhor, mas precisam de energia para passar o dia. Essa demanda paradoxal resulta em níveis crescentes de consumo de cafeína na maioria dos principais mercados, o que provavelmente não diminuirá tão cedo.