A preocupação com a ingestão de açúcar e o interesse na sua redução estão levando a uma abordagem cada vez mais sofisticada para adoçar alimentos e bebidas, com foco em três áreas paralelas: adoçantes naturais, menos adoçantes e sem doçura.
O último relatório Ingredient Insider da Innova Market Insights analisa as tendências na redução do açúcar e o uso de adoçantes em alimentos e bebidas, incluindo inclui pesquisas de mercado e de consumo, atividade de novos produtos e o uso de alegações relacionadas ao açúcar em alimentos e bebidas.
Os esforços para reduzir os níveis de açúcar estão bem estabelecidos e em andamento, refletindo a relação bem documentada com a cárie dentária, bem como a visão amplamente difundida de que o alto consumo de açúcar é um fator causal para uma série de condições, incluindo ganho de peso, diabetes e hiperatividade em crianças. A intervenção do governo nesse sentido tornou-se mais difundida globalmente, incluindo o uso de impostos sobre o açúcar e a regulamentação da publicidade dirigida às crianças.
Na Pesquisa Global de Saúde e Nutrição da Innova em 2020, quatro em cada 10 consumidores afirmaram ter diminuído o consumo de açúcar em um período de 12 meses. A prevenção de problemas de saúde foi o principal motivo apontado para essa redução, à frente do controle de peso e seguido pela saúde bucal.
“Nos últimos anos, as inovações de ingredientes permitiram que os fabricantes reproduzissem melhor as múltiplas propriedades sensoriais e funcionais do açúcar, incluindo doçura, mouthfeel, volume, escurecimento e retenção de umidade, enquanto reduziam as quantidades de açúcar e calorias”, relatou Lu Ann Williams, diretora Global de Insights da Innova Market Insights.
Atualmente, os adoçantes incluem açúcares não nutritivos, a granel, de calorias reduzidas e açúcares raros, mas a pesquisa em andamento provavelmente descobrirá formas de açúcar que podem ser comercializadas como naturais e oferecem formulações e benefícios metabólicos, ao mesmo tempo que visam cada vez mais com sucesso as altas expectativas de sabor dos consumidores.
Assim como a atividade de desenvolvimento de novos produtos em ingredientes doces, como frutas para fornecer doçura que não conta para adição de açúcar nos rótulos, a demanda por adoçantes naturais, como estévia, fruta do monge e eritritol, está aumentando em resposta à demanda do consumidor por produtos e rótulos limpos. Isso está começando a substituir outros adoçantes considerados artificiais, refletindo a principal tendência da Innova Market Insights para 2021, "Transparência triunfa". As empresas estão aprimorando o seu jogo para contar a história do seu produto, detalhando os ingredientes e origens exatas, juntamente com os processos de produção.
Os fabricantes continuam a desenvolver novos glicosídeos rebaudiosídeos de esteviol com perfis de doçura que combinam melhor com o sabor do açúcar. Ao mesmo tempo, novos métodos de produção estão reduzindo o impacto ambiental. Misturas de ingredientes usados para replicar as propriedades sensoriais e funcionais do açúcar incluem fibras de sabor doce derivadas de plantas, como a fibra da raiz de chicória.
Essas misturas de ingredientes continuarão a otimizar o sabor, reconhecendo o seu papel vital como motivador de compras. Estes podem abranger adoçantes concentrados sozinhos ou em combinação com fibras e outros componentes que reproduzem as propriedades sensoriais e funcionais do açúcar. Os ingredientes podem ser escolhidos e ajustados para atender as necessidades dietéticas dos consumidores, incluindo vegetais, veganos e sem glúten. Também podem oferecer benefícios além da doçura, como fibras mais toleradas e fortificação de proteínas.
Fonte: Innova Market Insights
