Entre as várias funções da embalagem de alimentos, a principal é mantê-los protegidos do meio ambiente para que não sejam contaminados. Mas existe outra função também importante: prolongar a vida útil dos alimentos, combatendo uma série de causas de deterioração.

Para essa finalidade, deve-se considerar o tipo de alimento, o ambiente ao seu redor e o próprio material da embalagem do alimento. Entender a química do produto alimentício é fundamental para identificar o material adequado para proteger o alimento e, assim, obter o resultado esperado para o prazo de validade.

Da mesma forma, é preciso ter em mente que a embalagem não pode combater, simultaneamente, todas as causas da deterioração de alimentos, que inclui a oxidação lipídica, perda ou ganho de umidade, escurecimento, entre outras. Ou seja, cada material de embalagem possui os seus prós e contras para proteger os alimentos.

Pesquisas estão sendo feitas sobre novas maneiras de prolongar o prazo de validade. Uma tecnologia que vem sendo utilizada para produção de embalagens é a nanotecnologia, que pode bloquear a luz ultravioleta e, consequentemente, o seu impacto na deterioração dos alimentos, como alterações na cor, sabor e odor. Os materiais ou revestimentos nanocompósitos podem fornecer proteção aprimorada contra o crescimento microbiano e outros fatores que contribuem para a deterioração dos alimentos, melhorando as propriedades de barreira das embalagens, tornando-as mais resistentes à umidade, oxigênio e luz ultravioleta.

Outra tecnologia que vem sendo pesquisa para prolongar a vida útil dos alimentos é a embalagem de atmosfera modificada, ou MAP, que envolve o uso de uma atmosfera gasosa em um alimento embalado para prolongar a vida útil, geralmente consistindo de um gás inerte, como nitrogênio, e um gás antimicrobiano ativo, como dióxido de carbono.