Vote

Vote

Doremus

Vote

BCFoods

Vote

Química

Vote

MCassab

Vote

Barentz

Vote

Alibra

Vote

GELCO

Vote

DAXIA

Vote

Nexira

Vote

Disproquima

Vote

Genu-in

Esconder

Guia 2021

Cadastre-se
anuncie
MENU

Cotação de Ingredientes

Guia de Fornecedores

CADASTRE SUA EMPRESA - CLIQUE AQUI


Voltar

Pinhão: estudo da Embrapa revela potencial positivo para a flora intestinal

Um estudo recente realizado pela Embrapa Florestas em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) identificou a presença de dois grupos de prebióticos no pinhão: o amido resistente e os frutooligossacarídeos (FOS). Ambas as substâncias têm a capacidade de estimular probióticos, que são microrganismos benéficos essenciais para um ecossistema intestinal saudável. O estudo foi publicado na revista Food and Nutrition Sciences.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa, Catie Godoy, coordenadora do projeto PINALIM que originou a investigação, "os relatos sobre a presença de compostos fenólicos, amido resistente e minerais como fósforo, potássio e magnésio no pinhão já eram conhecidos”. No entanto, a identificação de frutooligossacarídeos na semente de Araucária é um achado novo e importante. Até então, esses compostos tinham sido observados em outras fontes vegetais, como yacon, alcachofras e aspargos. A descoberta pode aumentar o interesse pelo consumo de pinhão em uma dieta saudável.

Godoy afirma que os resultados são promissores e devem incentivar mais pesquisas sobre a semente da Araucária, uma árvore pré-histórica que figura entre as espécies ameaçadas. A pesquisa diferenciou prebióticos de probióticos, explicando que probióticos são bactérias e leveduras benéficas que vivem no intestino, enquanto prebióticos são carboidratos não digeríveis que alimentam essas bactérias. Exemplos de alimentos prebióticos incluem vegetais, grãos integrais e frutas. Juntos, prebióticos e probióticos ajudam a manter a saúde da flora intestinal, além de melhorar a digestão.

Durante o estudo, três variedades diferentes de pinhão foram analisadas: Sancti josephi, Angustifolia e Caiova, colhidas em diferentes épocas do ano. Os resultados foram obtidos por meio de métodos experimentais que envolveram a análise da composição química dos oligossacarídeos e amido resistente, bem como o crescimento bacteriano para investigar o efeito prebiótico do amido resistente.

A professora Célia Lúcia de Luces Fortes Ferreira, especialista em probióticos, ajudou nas pesquisas e explicou que “o amido resistente e o FOS são metabolizados por probióticos, mantendo a presença constante dessas bactérias benéficas no intestino”. Esse crescimento resulta na produção de ácido butírico, essencial para a renovação do epitélio intestinal, contribuindo para um ambiente intestinal saudável que diminui riscos de várias doenças.

Comparando o amido de pinhão ao uso de dextrose, observou-se que o amido de pinhão promoveu maior crescimento de algumas bactérias benéficas, demonstrando eficácia na multiplicação de probióticos como L. plantarum e B. breve. Segundo Ferreira, o amido resistente no pinhão escapa da digestão no intestino delgado e é fermentado no intestino grosso, resultando na produção de ácidos graxos de cadeia curta que promovem vários benefícios à saúde.

Ainda que os efeitos do amido resistente no metabolismo das bactérias não estejam totalmente esclarecidos, mais estudos serão conduzidos para confirmar esse possível efeito prebiótico. A professora Haíssa Cardarelli, do Centro de Tecnologia da UFPB, e sua orientanda de mestrado, Fernanda Pereira Santos, planejam continuar as investigações, utilizando a farinha de pinhão como fonte de crescimento para probióticos, um produto que está prestes a entrar em produção industrial.

Natália Marques, coordenadora do programa de pós-graduação em Nutrição Clínica e Funcional, destacou o caráter pioneiro do estudo sobre os prebióticos no pinhão, ressaltando que seu consumo pode ajudar na prevenção de diversas doenças crônicas. A inclusão do pinhão na dieta pode incentivar a preservação das florestas de Araucária e desenvolver campanhas que estimulem seu uso em novos produtos.

A presença de FOS no pinhão abre várias possibilidades para pesquisa e aplicação prática, levando ao desenvolvimento de produtos alimentares inovadores focados na saúde digestiva, como snacks e suplementos, ampliando o mercado para esse alimento tradicional.

Os FOS são açúcares não convencionais que não são metabolizados pelo organismo humano, atuando como prebióticos que promovem o crescimento de bactérias benéficas no intestino. Além de ajudar no equilíbrio da microbiota intestinal, eles podem reduzir o colesterol, a glicose no sangue e aumentar a absorção de vitaminas e minerais.




Envie um artigo



Telefones:

Atendimento:

11 97156-1911

Newsletter: