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Entendendo o consumidor na terceira idade e identificando oportunidades

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o envelhecimento é classificado em quatro estágios: meia-idade, de 45 a 59 anos; idoso, de 60 a 74 anos; ancião, de 75 a 90 anos; e velhice extrema, de 90 anos em diante. Tradicionalmente, a idade de 65 anos é designada como o início da velhice, ou da terceira idade, termo criado pelo gerontologista francês Huet, cujo início cronológico se dá entre 60 e 65 anos. Diversas terminologias têm sido utilizadas para designar a terceira idade, embora, para a maioria dos estudiosos, essa diversidade de expressões seja eufemismo.

O termo “terceira idade” surgiu para expressar novos padrões de comportamento de uma geração que envelhece ativamente, caracterizando-se por mudanças físicas em todo o organismo, que alteram suas funções e comportamentos, percepções, sentimentos, pensamentos, ações e reações.

A população mundial está envelhecendo e os adultos na terceira idade representam o segmento de crescimento mais rápido do mercado consumidor. Compreender as necessidades em constante mudança dos adultos mais velhos e a interface das necessidades com as dos consumidores ao longo da vida, é o primeiro passo para o desenvolvimento de produtos de consumo que atendam a crescente demanda por escolhas alimentares adequadas para essa faixa etária.

Uma imagem mais clara do mundo quimiossensorial de adultos na terceira idade deve ser analisadanão apenas nas mudanças periféricas na percepção quimiossensorial, mas nas mudanças centrais em como o cérebro responde a estímulos e inicia e direciona a escolha e o consumo de alimentos.

Para entender como os indivíduos nesses grupos de idade percebem e agem com base nas informações sobre alimentos e bebidas, é fundamental estudar os adultos na terceira idade em detalhes. Por exemplo, as mulheres vivem mais do que os homens e são representadas em maior número nessas faixas etárias mais velhas. Isso sugere que o envelhecimento ocorre de forma diferente em homens e mulheres e que o gênero é uma variável importante para entender melhor o comportamento dos idosos como consumidores de alimentos e bebidas.

Outro fator importante se refere a dependência e o comportamento do consumidor: os adultos na terceira idade que vivem de forma independente, tomam mais decisões de consumo do que os adultos que vivem com dependência em ambientes onde outros fazem compras para preparar refeições.

Além disso, é importante estar ciente que o processo de envelhecimento é acompanhado por diminuição da eficiência na percepção sensorial, que é definida como a combinação de olfato (cheiro), gustação (gosto), sentidos texturais e trigêmeos (tato ou dor), visão (visão), audição (audição) e cinestesia (movimentos corporais).

Para atender as necessidades dessa população diversificada e em rápido crescimento, os desenvolvedores de alimentos possuem um campo enorme para a inovação.E para desbravar esse campo, alguns fatores são de grande importância. Um deles, é o tamanho da porção disponibilizada. Com o apetite reduzido, devido ao menor nível de atividade, diminuição do peso corporal, menor necessidade calórica e nível geral de saúde, o tamanho médio das refeições para adultos na terceira idade deve ser menor do que o ofertado para a população adulta mais jovem. Nesse item, a visualização do tamanho também é importante. Enquanto para a população adulta as porções grandes e volumosas significam valor, para a população na terceira idade uma porção muito grande na aparência pode ser intimidadora. Para essa faixa etária, comer pode ser uma tarefa árdua e não um prazer, portanto, uma refeição deve parecer fácil de ser consumida.

Outro fator está relacionado aos alimentos densos em nutrientes. Enquanto para a população adulta os alimentos volumosos com baixo teor de nutrientes podem promover saciedade e ajudar na perda de peso, o oposto é verdadeiro para a terceira idade. Com o declínio da massa muscular e menor apetite, os alimentos para a terceira idade precisam ser densos em nutrientes, como proteínas, para fornecer melhor nutrição. O aumento de micronutrientes pode ser considerado para compensar a ingestão reduzida de nutrientes.

A modificação da textura também deve ser levada em consideração. Tendo como base que uma parcela maior da população na terceira idade terá problemas para mastigar ou engolir, é necessário aumentar o nível de umidade do alimento para compensar a menor produção de saliva. Também é importante disponibilizar alimentos moles em pedaços pequenos para que os alimentos possam ser facilmente engolidos, se necessário, sem mastigar.

Estratégias compensatórias também devem ser valorizadas. Com habilidades motoras reduzidas e prevalência de artrite, projetar alimentos para serem facilmente manuseados, cortados e consumidos são de grande valia.

Por fim, com mais famílias com uma única pessoa entre os adultos na terceira idade, criar embalagens individuais ou menores é uma solução que deve ser analisada. Além disso, projetar os gráficos da embalagem para serem lidos facilmente, bem como incluir sistemas de abertura fáceis, pode atrair a atenção dessa faixa etária.

Entender o efeito do envelhecimento sobre os hábitos alimentares de diferentes gerações e preferências, ajuda as empresas alimentícias a criarem projetos de longo prazo em termos de desenvolvimento de produtos, posicionamento e inovação.

Os consumidores estão cada vez mais buscando uma abordagem holística para um envelhecimento saudável, incluindo não apenas mudanças relacionadas à saúde física, mas também se concentrando no equilíbrio dos aspectos físico, mental e emocional. Diante disso, a nutrição que apoia o bem-estar físico e emocional está prosperando e pode atender as necessidades de diferentes gerações.

Saúde das articulações, saúde cognitiva, saúde imunológica e saúde óssea são algumas das alegações de saúde ativa de crescimento mais rápido para o lançamento global de alimentos e bebidas nos últimos anos, à medida que a relação entre nutrientes específicos e benefícios para a saúde são cada vez mais comprovadas.

A saúde mental é outra área de crescente interesse em termos de envelhecimento, com três tendências se destacando: combinação sinérgica de produtos, biodisponibilidade dos ingredientes e bioeficiência.

As alegações de envelhecimento saudável vem crescendo em produtos alimentícios e bebidas, com foco tanto na população idosa, quanto nos grupos demográficos mais jovens já engajados com os cuidados preventivos. De acordo com uma pesquisa da Innova Market Insights, para a categoria dos 40+ pensar em se manter em forma é uma prioridade, que pode significar mais foco na pele e na saúde digestiva, bem como na imunidade geral. Para o grupo com mais de 60 anos, os desafios se concentram em permanecer independente, o que significa ênfase na saúde mental e do coração, juntamente com mobilidade. Para aqueles na categoria 80+, manter-se bem, evitar doenças e enfermidades são prioridades significativamente mais altas.

Disponibilizar produtos funcionais em diferentes linhas e para diferentes faixas etárias que proporcionem benefícios de saúde específicos é uma das grandes tendências do mercado. E, sem dúvida, o envelhecimento saudável é uma plataforma de crescimento rápido em que os fabricantes de alimentos podem posicionar os seus novos produtos. Contudo, essa é uma área considerada complexa e, muitas vezes, altamente fragmentada, que concentra uma variedade de ingredientes e benefícios.

Os produtos dirigidos ao mercado de envelhecimento podem ser desenvolvidos em diferentes áreas e oferecem inúmeras oportunidades não apenas para o crescimento desse mercado, mas também e, principalmente, para a promoção de um envelhecimento saudável com qualidade de vida.

Um dos principais focos ao produzir alimentos ou bebidas destinados a esse mercado, é a seleção inicial de ingredientes, os quais devem ser ajustados levando-se em consideração possíveis interações químicas entre nutrientes, além de questões relacionadas com a aceitação do produto final, incluindo estabilidade, sabor, textura e durabilidade.

Também é importante lembrar que o envelhecimento está associado a algumas alterações fisiológicas, incluindo perda de paladar. Assim, a incorporação de intensificadores de sabor e considerações textuais deve ser cuidadosamente projetada no desenvolvimento de pré-misturas para esses produtos.

Outro item relevante é o sabor. É especialmente importante ficar atento a intensidade do sabor, mascarando qualquer nota dissonante, bem como a adição de corantes. Os produtos podem ser aromatizados com ervas, especiarias e vários outros ingredientes, que podem ser incluídos em uma pré-mistura ou no produto final para melhorar a cor ou a textura, o que auxilia também para aumentar a atratividade do produto.

Márcia Fani

Editora




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