Pesquisas revelam que os consumidores consideram o sabor como o principal impulsionadorde alimentos e bebidas. Para atender a essa demanda, os fabricantes recorreram a adoçantes não calóricos intensamente doces, que fornecem o sabor, mas sem as calorias normalmente associadas ao açúcar.
Mesmo entre os adoçantes não calóricos, a tendência está mudando para alternativas de origem natural, que são consideradas mais atrativas do que as suas contrapartes sintéticas.
Entre os adoçantes naturais que estão sendo explorados, está a fruta do monge, que não contém calorias e é até 300 vezes mais doce que o açúcar.
Também conhecida como Luo Han Guo, a fruta do monge é originária do Sul da China e do Norte da Tailândia. Recebe esse nome em homenagem aos monges budistas, que a utilizavam há séculos como um substituto do açúcar em bebidas e alimentos. O fruto é colhido quando está maduro, seco e marrom. Sua polpa é removida, restando as cascas, que são esmagadas para produzir um pó de sabor doce e intenso.
O principal componente ativo da fruta do monge é o mogrosídeo V, que confere o sabor doce sem adicionar calorias ao alimento. É cerca de 150 a 200 vezes mais doce que o açúcar comum, mas não afeta os níveis de glicose no sangue, tornando-o uma opção adequada para diabéticos ou que buscam reduzir a ingestão de açúcar. Ao contrário da maioria dos outros adoçantes naturais, incluindo a amplamente utilizada estévia, possui perfil de sabor residual melhor do que outras opções naturais.
Por ser mais doce que o açúcar comum, permite que uma pequena quantidade seja suficiente para adoçar um alimento ou bebida, ou seja, é possível obter um sabor doce sem adicionar uma grande quantidade de calorias.
Além de ser uma alternativa de baixa caloria ao açúcar, possui propriedades antioxidantes; contém compostos que podem ajudar a combater o estresse oxidativo e proteger as células contra danos causados pelos radicais livres. Esses compostos também podem ter efeitos anti-inflamatórios e antialérgicos.
O perfil de melhor sabor e o perfil nutricional superior despertaram o interesse da indústria e, nos últimos anos, a fruta do monge tem ganhado destaque como ingrediente popular para a redução de açúcar em alimentos e bebidas, onde é amplamente utilizada como adoçante natural de baixa caloria e como uma alternativa saudável ao açúcar refinado.
A indústria alimentícia tem aproveitado suas propriedades incorporando-a em adoçantes de mesa, bebidas, produtos de panificação, sobremesas, produtos lácteos, cereais e suplementos nutricionais, entre outras aplicações.
Pode ser processada em forma de pó ou em sachês individuais para ser usada como adoçante em chá, café, sucos e outras bebidas, ou encontrada em diversas bebidas, como refrigerantes, chás prontos para beber, águas aromatizadas e bebidas energéticas. O pó da fruta do monge pode ser adicionado à massa de pães, bolos, biscoitos e outros produtos de panificação para fornecer doçura sem adicionar calorias extras.
Frequentemente utilizada em sorvetes, mousses, pudins e outros tipos de sobremesas, oferece sabor doce e agradável sem aumentar significativamente a quantidade de açúcar na receita. Alguns iogurtes e produtos lácteos também podem conter fruta do monge como adoçante.
A inovação em adoçantes de fruta de monge também vem crescendo, com ofertas adicionais sendo introduzidas para necessidades específicas. Diferentes potências e purezas de doçura permitem que aplicações específicas sejam otimizadas para atratividade do rótulo e nível de uso/desempenho de sabor.
Também há inovações nos processos de extração e separação, com foco na conservação para minimizar o uso de água e energia, melhorando o rendimento, a qualidade e o custo do produto.