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As diferenças entre os adoçantes

Há alguns anos, o adoçante deixou de ser apenas um substituto para o açúcar na indústria de alimentos e bebidas. Hoje, ele é o protagonista para construir sabor e textura, formando um movimento que tem muita relação com as novas tendências de consumo, como a busca por alimentos "clean label", levando os fabricantes a repensarem suas formulações. O foco é, cada vez mais, criar combinações inteligentes de ingredientes que equilibrem custo, funcionalidade e experiência sensorial.

Os adoçantes têm importância central nesse novo momento. Para isso, no entanto, é necessário explorar as diferenças entre as principais classes de adoçantes (naturais, sintéticos, poliálcoois e oligossacarídeos), analisando aspectos históricos, químicos, tecnológicos, regulatórios e de mercado.

Histórico dos Adoçantes

1ª geração (sacarina, ciclamato): descobertos ainda no século XIX, tinham perfil de sabor intenso, porém com aftertaste metálico.

2ª geração (aspartame, sucralose, acessulfame‑K): lançados entre as décadas de 1960 e 1980, trouxeram dulçor mais próximo ao açúcar, mas ainda demandam blends para mascarar off‑notes.

Novas fronteiras (stevia, monk fruit, poliálcoois): a partir dos anos 2000, ingredientes naturais ganharam espaço, e polióis como eritritol, xilitol e sorbitol passaram a ser usados para “restaurar” corpo e boca, características intrínsecas ao açúcar.

Química Sensorial: A base do desempenho

A estrutura molecular e a solubilidade de cada adoçante são determinantes para o perfil de dulçor e a sensação de corpo — o chamado mouthfeel — que os consumidores esperam reproduzir quando se retira o açúcar. Em moléculas de alta intensidade, como sucralose e aspartame, a pureza obtida se traduz em dulçor “limpo”, mas a baixa massa molecular impede a replicação integral do corpo deixado pelo açúcar.

Nesse momento, entram os poliálcoois: eritritol, sorbitol e maltitol trazem propriedades higroscópicas e maior massa molecular, restaurando brilho e viscosidade. Na Brenntag, as propriedades físico‑químicas de polióis são avaliadas e relacionadas às necessidades da aplicação, como estabilidade ao forno, vida útil e textura, apoiados por testes de estabilidade de conservantes e acidulantes em diferentes condições de pH e temperatura. Já no campo sensorial, as nuances são fundamentais e não podem ser esquecidas pelos fabricantes.

Esses diferentes requisitos explica a razão pela qual blends de moléculas intensivas e poliálcoois, potencializados por aromas moduladores, são hoje a estratégia preferida para aproximar o consumidor da experiência do açúcar tradicional.

Regulamentação, rotulagem e segurança

No Brasil, a introdução dos selos de advertência intensificou a necessidade de clareza na comunicação dos ingredientes. Em termos de segurança, cada adoçante conta com um ADI (Acceptable Daily Intake) definido por órgãos como ANVISA, FDA e EFSA. A conformidade rigorosa, que inclui testes toxicológicos e certificações de pureza, é condição óbvia para a comercialização global de moléculas como acessulfame‑K e steviol‑glicosídeos.

As empresas, no entanto, precisam se adequar a diferentes exigências, priorizando sempre a clareza. No caso do uso de “selos de advertência”, deve-se ter cuidado redobrado na apresentação das informações.

Desafios e Logística

Embora as moléculas sintéticas dominem o volume total, os adoçantes naturais e os poliálcoois apresentam crescimento de 6,1% ao ano, prevendo-se alcançar US$ 3.8 bilhões até 2028, segundo uma pesquisa do site Exactitude Consultancy. Um dos fatores que impulsiona esse número é um novo grupo de consumidores que leem rótulos, buscam reconhecer ingredientes e dão preferência aos tipos naturais, segundo Ana Quiroga, Gerente de Inovação da Azelis | Vogler.

No entanto, expandir a oferta esbarra em desafios logísticos. Lin Yiing, da ADM, observa que a cadeia rodoviária brasileira limita o transporte de grandes volumes de substâncias sensíveis, por isso os modais aéreos são mais recomendados para manter a integridade dos ingredientes. Com isso, a rastreabilidade, o controle de temperatura e a umidade são pilares de uma cadeia eficiente e sustentável.

Para as empresas que atuam como distribuidoras, a expertise técnica pode fazer toda a diferença: equipes especializadas agregam conhecimentos e condições de testes que abrem mais possibilidades às criações desenvolvidas pela indústria. Esse se torna um diferencial competitivo no mercado quando as empresas encontram a parceria certa.

O que o futuro dos adoçantes nos reserva?

Índice glicêmico reduzido: alulose e tagatose entrando em P&D para perfis de resposta glicêmica mais amigáveis.

Fontes sustentáveis: microalgas e fermentação microbiana prometem adoçantes “de origem industrial” com menor pegada ambiental.

Inovações sensoriais: moduladores de sabor que intensificam o dulçor sem alterar calorias, além de encapsulamentos para liberação controlada.


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