Page 4 - Aditivos | Ingredientes - Ed. 176
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  EDITORIAL  COMBATE A PANDEMIA BRASILEIRA, UMA VERGONHA MUNDIAL! Mesmo nos mais subdesenvolvidos países não podem ser vistas coisas piores do que aquelas que ocorram no Brasil. Em época de pandemia, o país mostrou para o mundo que os limites da burrice são facilmente ultrapassáveis. Vamos ilustrar essas fortes palavras. Tudo começou de forma errada quando uma pandemia que assolava o mundo inteiro foi qualificada, no Brasil, como mera gripezinha. Não era para dar risada, porque foi o primeiro sinal de que tempos difíceis se aproximavam e que íamos enfrentar dificuldades colossais. Só faltou adotar o slogan: “Tomou Doril, a dor sumiu!”. Foram sugeridos os mais diversos remédios, tais como hidroxicloroquina, cloroquina, spray nasal, ivermectina, azitromicina, o vermífugo Annita... Devido a esses brilhantes pensamentos, não compramos as vacinas em tempo hábil e, consequente- mente, fomos colocados no fim da fila, como compradores de segunda. Para piorar, alguns acharam divertido falar tantas asneiras para alguns grandes países fornecedores de vacinas que, agora, querer furar a fila - um jeitinho bem brasileiro - fica fora de questão. Vacinas aprovadas nos Estados Unidos, na Europa e outros países do mundo foram barradas no Brasil por um organismo administrativo e político. Quem somos nós! Resultado: os melhores fornecedores, como Pfizer e Moderna, ficaram de fora. Escolhemos um produto chinês, com uma das menores taxas de eficiência, e outro, que está sendo abandonado pelos países europeus! A campanha de vacinação no Brasil carece de todo e qualquer planejamento. Não se sabe quando vai ter vacina, de onde ela virá, nem em quais quantidades. Os gênios da logística nem sabem onde ainda terá vacina daqui a uma semana. Coitados dos velhinhos que vão a pé até o ponto de vacinação mais perto para escutar: “Não tem mais Vovô, volta outro dia, quem sabe. Não tem uma carteirinha de motorista de ambulância, para eu quebrar o seu galho?”. Uma eximia logística! Até oxigênio ficou faltante! O escritor francês Alexandre Dumas, no seu livro “Os três mosqueteiros”, escreveu a célebre frase “Um por todos e todos por um”. Aqui, esses dizeres foram mal interpretados e tropicalizados*, tornando-se “Eu primeiro, os outros depois”. Cada grupinho tenta colocar os seus membros em alguma lista prioritária de vacinação. Pelo número colossal de pessoas prioritárias, ligadas à saúde, quem não conhece a verdadeira situação do país poderia facilmente equivocar-se e pensar estar no país número 1, em nível mundial, em termos de saúde!!! Um verdadeiro exemplo! Uma das últimas novidades, uma especialidade local, lembra um famoso slogan publicitário: “Parece, mas não é!”. Essa técnica, ainda conhecida como David Copperfield Injection, consiste em fazer acreditar (de preferência aos velhinhos prioritários menos atentos!) que receberam a injeção/vacina tão prome- tida, mas o líquido não foi injetado. É a famosa vacina do vento! Ficam, assim, disponíveis algumas doses para amigos e parentes. O precioso líquido, que deveria ser conservado a sete chaves, por pessoas competentes, está, às vezes, abandonado nas mãos de irresponsáveis. Na hora do fim do expediente, apagam as luzes... e as geladeiras, e lá se vão para o espaço dezenas de doses. Já tivemos três ministros da saúde, inclusive gente que nem era do ramo! Eles rodam como técnicos de futebol. O último, boa pessoa e com boa experiência em campos profissionais que nem se aproximam da saúde; nem motorista de ambulância foi, menos ainda enfermeiro! A probabilidade do chefe dele o substituir por alguém menos competente ainda, é muito grande. O puçanguara de plantão, quem sabe? O que foi considerado com uma gripezinha está agora matando cerca de duas mil pessoas por dia, não somente por incompetência, mas também, e quem sabe principalmente, pela falta de disciplina e responsabilidade da população. Mais uma vez, somos campeões, ganhadores de um título que a gente poderia ter facilmente deixado para outros: o país com o pior comportamento frente a pandemia da Covid-19, nas suas mais diversas versões. EDITORA Márcia Fani (Mtb) 19.876 editora@insumos.com.br DIRETOR GERAL Jean-Pierre Wankenne jean-pierre@insumos.com.br ANALISTA DE COMUNICAÇÃO Hingreth Danielle danielle@insumos.com.br INTERNATIONAL SALES MANAGER international@insumos.com.br ATENDIMENTO atendimento@insumos.com.br DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS assinaturas@insumos.com.br ARTE & DIAGRAMAÇÃO Jeferson Giacomo jeferson@insumos.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO Marilena Santana Santos financeiro@insumos.com.br CEO & FUNDADOR Michel A. Wankenne, MBA wankenne@insumos.com.br Tiragem da edição: 10.600 www.insumos.com.br Tel.: (11) 5524-6931 Av. Sargento Lourival Alves de Souza, 130 04675-020 - São Paulo, SP A revista Aditivos | Ingredientes é uma publicação mensal da Editora Insumos Ltda. Presente há mais de 20 anos no mercado, é um veículo de informação para tomadores de decisão do setor de alimentos e bebidas. Apresenta amplo e diversificado calendário editorial, com informações confiáveis e de relevância para os profissionais que atuam no setor. Publicações da Editora Insumos: revista Aditivos | Ingredientes, líder de mercado, especializada em insumos para alimentos e bebidas; Guia do Comprador Aditivos | Ingredientes, imprescindível para quem atua na área de alimentos e bebidas; revista Funcionais | Nutracêuticos, com três edições anuais incorporadas à revista Aditivos | Ingredientes; Guia do Comprador Funcionais | Nutracêuticos, informações essenciais e atualizadas do setor; Prêmio BIS - Best Ingredients Suppliers - o mais abrangente do mercado alimentício; e revista e revista Italian Food, publicação trimestral voltada à culinária italiana.    Infelizmente, a tendência, é piorar! *tropicalizar significa adaptar algo que funciona perfeitamente em todos os países do mundo, para algo que, aqui, não funciona de jeito nenhum ou, no máximo, de forma falha!   Michel A. Wankenne  4 ADITIVOS | INGREDIENTES 


































































































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