Page 22 - Aditivos & Ingredientes Ed. 111
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MERCADO, EMPRESAS & CIAEXPORTAÇÃO DO SETOR DE ALIMENTOS CRESCECom a expectativa de um consumo doméstico menos aquecido no segundo semestre deste ano, as principais companhias brasileiras do setor de carnes aumentam sua atenção para as vendas no mer- cado internacional. De abril a junho, as empresas com operações no segmento de bovinos já apresentaram bom desempenho das exporta- ções, fator que impulsionou o avanço de suas receitas. Para JBS, Marfrig e Minerva,o crescimento das vendas externas foi um dos destaques do período, possibilitado pela demanda internacional crescente em países emergentes e pela maior rentabilidade da carne. Maior exportadora do setor no país, a JBS apresentou uma alta de 45% nas suas exportações no final do último trimestre, para US$ 4,305 bilhões ante US$ 2,975 bilhões no segundo trimestre de 2013. No período, a receita líquida da empresa aumentou 32,1%, para R$ 28,968 bilhões. Já a receita bruta da Minerva no mercado externo teve uma expansão de 28,1% entre abril e junho, para R$ 1,191 bilhão, enquanto a receita líquida total da empresa avançou 25,2%, para R$ 1,656 bilhão. Segundo a Minerva, as vendas externas chegaram a 70% do total e continuam a ser o grande driver de resultado e faturamento. Para a Marfrig, o destaque da crescente participação das exportações na divisão de bovinos é a Marfrig Beef. Ao final de junho, 40% da produção total no Brasil era destinada para exportação.Ao considerar os demais países de atuação da Marfrig na América do Sul, as vendas externas correspondiam a quase 46% de todo o volume produzido. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de janeiro a julho de 2014, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram US$ 3,299 bilhões, avanço de 3,4% na comparação com igual período do ano passado. Em volume, a alta é de 13,4%, para 715 mil toneladas.Além do crescimento já apresentado no ano, a recente abertura de importantes mercados consumidores, como China e Rússia, também elevam as perspectivas para as vendas externas do setor.A demanda chinesa por carne bovina é uma das que mais cresceem todo mundo e, no início de julho, o país suspendeu o embargo aplicado ainda em 2012 ao produto brasileiro. Juntos, China e Hong Kong representam um dos principais mercados para o setor. Para a JBS, por exemplo, a Grande China concentrou 18,5% de suas exportações no segundo trimestre. Já a Minerva deve ser uma das principais bene- ficiadas com a maior abertura do mercado russo, após o país aplicar barreiras aos Estados Unidos e à União Europeia. Em junho, a Rússia concentrava 23% das exportações da operação brasileira da empresa. Os mercados chinês e russo também têm potencial para aumentar o volume e, principalmente, rentabilidade das exportações de outras proteínas, como as carnes suína e de frango. Com a menor oferta de animais e valorização dos preços da carne suína in natura, no acumulado do ano, as exportações brasileiras da proteína caíram 4,5% em volume, mas apresentam um aumento de 12% em receita, segundo o MDIC. Já as vendas de carne de frango in natura registram queda de 1,3% em faturamento, com um volume exportado estável em relação aos sete primeiros meses de 2013. Segundo a JBS, a maior abertura da Rússia também deve beneficiar o segmento de aves, suínos e processados da empresa, que podem aumentar as vendas das operações da JBS no Brasil. Com operações mais focadas nos segmentos de aves, suínos e industrializados, a BRF foi a única dentre as empresas de capital aberto do setor a não apresentar um avanço em suas exportações.A queda de 2% na receita líquida das vendas externas, no entanto, está em linha com o processo de reestruturação da empresa.A estratégia da BRF é reduzir o volume das exportações com margens mais baixas, como as carnes in natura, e ganhar em rentabilidade com produtos industrializa- dos de maior valor agregado.A empresa deve ser uma das principais beneficiadas com a abertura do mercado russo nos segmentos de aves e suínos. Quatro unidades da BRF no Brasil (em Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) foram autorizadas a exportar carne suína para a Rússia.BELL FLAVORS & FRAGRANCES RECEBE PRESTIGIOSA CERTIFICAÇÃOA Bell Flavors & Fragrances tem o prazer de anunciar que suas instalações em Guadalajara, no México, receberam a prestigiada certificação SQF Nível 3. A unidade obteve um grau “excelente” pelo cumprimento de uma nova e revisada norma, com requisitos adicionais e um sistema de pontuação mais estrito. Segundo a empresa, a Bell Flavors & Fragrances iniciou um enfoque global para todas as operações da empresa para alcançar os mais altos padrões de qualidade e segurança, e tais certificações e registros auditados por terceiros apoiam o seu compromisso com a continuidade desse objetivo.A Bell México é atualmente a primeira e única empresa de sabores no México a ser certificada.Tal certificação exige um processo de auditoria rigoroso de terceiros, que inclui uma análise abrangente das políticas, procedimentos e sistemas. Os resultados confir- maram que os funcionários estavam bem treinados, retinham informações e se comunicaram bem durante as entrevistas, o que era um componente importante da auditoria.A certificaçãoSQF Nível 3 oferece aos clientes a garantia de que seus produtos são fabricados por uma fonte de alta qualidade, consistente e segura. Segundo a empresa, com a conclusão bem sucedida da Bell México para obter a certificação SQF Nível 3, a Bell agora tem cinco fábricas que são certificados com segurança alimentar reconhecida pela Iniciativa de Segurança Alimentar Global (GFSI). As unidades da Bell localizadas em Guadalajara, no México, Chicago, IL, e Brossard, Canadá, são certificadas SQF Nível 3.As unidades da Bell em Shanghai, China, e Leipzig, Alemanha, são certificados FSSC 22000.22ADITIVOS & INGREDIENTES

