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Tarpon vende ações e reduz sua fatia na BRF para 4,95%

A gestora de recursos Tarpon, que liderou a ampla reforma na gestão da BRF iniciada em 2013, com o empresário Abilio Diniz à frente do conselho de administração, reduziu sua participação na companhia de alimentos para 4,95%, forçada pelos contínuos resgates de investidores. A informação foi divulgada ao mercado no início da noite de sexta-feira.

O último dado público, do fim de 2017, indicava que a fatia da Tarpon na BRF estava em 8,55%. Pelas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), só há obrigatoriedade de atualização dos dados a cada 5%. Não há, portanto, como determinar com precisão quando as vendas das ações foram feitas. Mas tudo indica que foi ao longo deste ano.

Em fevereiro, o Valor antecipou que, se a Tarpon não conseguisse reduzir os ritmos de resgates de recursos dos fundos geridos, ainda neste ano a fatia cairia para menos de 5%. Na ocasião, com a BRF registrando queda constante dos resultados e enfrentando desafios operacionais relevantes, a Tarpon já admitia que havia se tornado uma acionista passiva no negócio.

No início deste ano, a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, liderou um movimento, com o apoio da Previ (fundação do Banco do Brasil) e de outros acionistas, para outra profunda reforma na gestão da BRF. Nesse processo, o executivo Pedro Parente primeiro assumiu a presidência do conselho da empresa e depois passou a acumular o cargo de CEO.

A Tarpon, fundada pelos sócios José Carlos Reis Magalhães, Eduardo Mufarrej e Pedro de Andrade Faria, chegou a ter mais de 11% do capital da BRF, que nasceu da fusão entre Perdigão e Sadia há dez anos como uma companhia sem controlador, com capital disperso na bolsa. Esse percentual foi alcançado em 2015, ano em que a empresa alcançou seu maior valor de mercado, R$ 63 bilhões – na sexta-feira, eram R$ 18 bilhões, com uma queda de 40% este ano.

A crise na BRF, marcada por prejuízos nos últimos dois anos, contaminou os negócios da própria Tarpon. A perda de rentabilidade do fundo, pela queda no valor da empresa de alimentos, levou a resgates expressivos de recursos.

Ao longo de 2017, a companhia teve uma saída líquida de investimentos – soma de captações e resgates – de R$ 687 milhões. Nos primeiros seis meses deste ano, os resgates somaram R$ 375 milhões.

A venda de ações da BRF pela Tarpon acontece durante a maior crise da companhia e, portanto, em seu pior momento de mercado. Recentemente, a BRF, que ainda lidera com folga o mercado nacional de alimentos industrializados à base de carnes, perdeu fatias relevantes desse segmento para concorrentes como a Seara, que é da JBS, e outras marcas regionais.

Segundo fontes, a perda de dinamismo no Brasil, mercado responsável por quase metade da receita líquida de mais de R$ 30 bilhões anuais da BRF, foi um dos principais focos de insatisfação com a gestão do ex-CEO Pedro Faria, sócio da Tarpon, que presidiu a empresa até o ano passado. Aliado a isso, ficaram evidentes problemas na gestão dos processos industriais e o elevado nível de endividamento, resultado de aquisições internacionais e queda nos resultados.

Em julho deste ano, Pedro Parente, escolhido após as modificações lideradas por Petros e Previ, anunciou medidas que marcaram a desidratação do projeto encabeçado pela Tarpon de transformar a BRF em uma empresa global. A companhia colocou à venda ativos na Europa, na Argentina e na Tailândia que, segundo avaliação da companhia, poderão render R$ 5 bilhões.




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