A fabricante gaúcha de balas e chocolates Peccin investe neste ano R$ 30 milhões, com recursos próprios, na modernização de sua fábrica, na construção de um novo centro de distribuição e em uma nova sede. As unidades serão instaladas em Erechim (RS), onde a companhia já mantém a sua operação. A expectativa, segundo o executivo, é concluir as obras em dezembro.
A Peccin é a sétima maior empresa do mercado de balas e confeitos, com 3,6% de participação de mercado em receita, de acordo com a Euromonitor International. A Arcor lidera o mercado, com 12,6% de participação. Também estão à frente da Peccin a Dori Alimentos, Florestal Alimentos, Mondelez, Perfetti Van Melle e Ferrero.
Dirceu Pezzin, presidente da Peccin, disse que parte dos recursos será destinada à melhoria da tecnologia, à renovação da área de embalagens e à troca de equipamentos para a produção de chocolates. O novo centro de distribuição também terá sistema de controle de temperatura para a estocagem de chocolates.
"Como o mercado de balas e doces tem se mantido estável nos últimos anos, a companhia tem reforçado os investimentos na área de chocolate", afirmou Pezzin. A companhia começou a produzir chocolates há sete anos, com a marca Trento. Neste ano, segundo o executivo, o chocolate vai representar entre 35% e 40% da receita da companhia. Em 2017, o negócio representava 30% da receita total.
No ano passado, a Peccin registrou uma receita líquida de R$ 176,6 milhões, com aumento de 9,1% em relação ao ano anterior. O lucro líquido cresceu 37,4%, para R$ 11,3 milhões.
Para este ano, Pezzin prevê um crescimento de 20% na receita líquida, chegando a aproximadamente R$ 211 milhões.O executivo não divulga previsão de lucro para o ano. No primeiro semestre, segundo ele, o crescimento da companhia ficou um pouco abaixo de 20%. "Geralmente, as vendas no segundo semestre são mais fortes do que no primeiro", disse o presidente.
Ubiracy Fonseca, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), estima que o mercado tenha crescido entre 2% e 3% no primeiro semestre do ano.
O executivo disse que o crescimento é resultado da expansão do negócio de chocolates no mercado interno. Na área de balas e doces, a companhia também obteve crescimento com inovações, como uma linha de balas mastigáveis com recheio (Frutomila) e um chicle de bola recheado com casquinha crocante (Blong Black).
A Peccin também exporta em torno de 20% da sua produção para 70 países. Pezzin disse que, se o dólar se estabilizar no patamar atual, a companhia terá mais facilidade para ampliar as vendas externas em 2019.
A Peccin foi fundada em 1956 pelos irmãos Pezzin. A companhia, de capital fechado, é administrada atualmente pela segunda geração da família fundadora. A unidade de Erechim tem capacidade para fabricar 4,5 mil toneladas de produtos por mês. A companhia também possui um centro de distribuição em Erechim e outro em Maceió. A Peccin emprega em torno de 900 pessoas.