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Cerveja de preço médio perde espaço no mercado brasileiro

Mudanças de hábitos do consumidor durante a crise fizeram com que cervejas de preço médio perdessem espaço para as categorias econômica e premium. Neste cenário, o segmento de maior volume só deve se recuperar com uma retomada econômica mais robusta.

“Cervejas lager de preço médio, que representam a maior fatia do mercado, continuam perdendo espaço devido ao avanço da categoria premium”, aponta relatório da Eurmonitor International. De acordo com o levantamento, há uma tendência entre consumidores de adotar uma atitude de consumir menos, mas com mais qualidade em meio à lenta recuperação econômica do País.

O presidente da Ambev, Bernardo Paiva, destacou em teleconferência a jornalistas o crescimento no segmento premium da empresa. “As marcas globais tiveram avanço combinado de 40% e as locais acima de 10%.” Paiva admite que a faixa de preço médio é a mais impactada pela crise, mas também a que mais se beneficia pela recuperação econômica. “O segmento econômico teve um crescimento significativo nos últimos quatro anos. As cervejas mais tradicionais também perderam espaço para elas. O que vai ocorrer no futuro depende da economia.” Ele assinala que, caso se confirme uma melhora mais consistente em 2019, o segmento econômico pode até encolher. “Tradicionalmente, observamos uma evolução de categoria por parte do consumidor nesses momentos em que a economia melhora.” Paiva destaca que a empresa fez investimentos estruturais para competir em todas as categorias. “Estamos preparados para a retomada da economia. Minha expectativa é de que vai estar um pouco melhor, mas não muito”, assinalou.

Balanço

Nesta quinta-feira (25), a Ambev reportou lucro líquido de R$ 7,913 bilhões de janeiro a setembro, alta de 73,9% em relação a igual período de 2017. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) ajustado dos nove primeiros meses do ano foi de R$ 13,623 bilhões, incremento de 6% na mesma base. Por outro lado, o lucro líquido no 3º trimestre mostrou queda de 10,2% na comparação anual. “A indústria como um todo teve um 2º trimestre melhor. Agora, a confiança do consumidor mostra queda, houve reajuste de preços e o ambiente do País não é dos melhores, em função da tensão do período eleitoral. Foi negativo para toda a indústria”, disse Paiva.

Além da queda nas vendas de cerveja, 3,1% abaixo do volume vendido no Brasil no 2º trimestre, os resultados também refletiram a crise na Argentina. “Houve um impacto da hiperinflação que ocorreu no país vizinho, que ocasionou uma contração de consumo em curto prazo”, avalia o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev, Fernando Tennenbaum. Na região composta por Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, a empresa apresentou queda de 5% no trimestre. “A confiança do consumidor argentino atingiu o nível mais baixo dos últimos três anos”, afirmou.

Na análise do Bradesco BBI, os resultados foram abaixo do esperado pelo mercado. “Os volumes no Brasil foram 5% inferiores as nossas estimativas, diante de um mercado mais competitivo”, destaca o relatório. Na visão do braço de investimento do banco, a competição, especialmente com a Heineken, causou uma desestabilização no mercado. “A Ambev implementou algumas medidas para combater essa concorrência, como introduzir versões puro malte de suas marcas, mas ainda não temos clareza dos efeitos”, disse o relatório. Outro ponto de destaque é que essa dinâmica torna mais difícil o ajuste de preços. “Assim, 2019 será um ano desafiador para Ambev, pois estimamos aumento de custos entre 10% a 11%, a não ser que haja atividade econômica mais forte”, aponta o Bradesco BBI.




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