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Ambev põe inteligência artificial em 5 fábricas

A Ambev desacelerou investimentos no país nos últimos dois anos, após fazer grandes aportes entre 2013 e 2015, para instalar fábricas em Ponta Grossa (PR) e Uberlândia (MG) e ampliar a unidade de Itapissuma (PE). Mas, em São Paulo, onde tem cinco fábricas, o ritmo de investimentos tem sido intenso. O objetivo é tornar essas unidades modelos de indústria 4.0, para serem replicados no parque fabril da companhia.

A indústria 4.0 envolve a digitalização de processos manufatureiros, com uso de inteligência artificial para automação de linhas, monitoramento e controle da produção. Máquinas e softwares na linha de montagem conversam entre si para administrar a produção, proporcionando redução de custos e melhoria na qualidade.

"Começamos a usar inteligência artificial e processos de medição mais precisos e abrangentes para construir a cervejaria do futuro", diz Eduardo Soares, diretor técnico da Ambev. A companhia não informou quanto tempo levará para levar o modelo 4.0 a todo parque fabril que mantém no país. São 32 fábricas no total.

Entre 2013 e 2017, a Ambev investiu em São Paulo R$ 3,6 bilhões, valor equivalente a 17% dos investimentos totais realizados pela Ambev no período, que foram de R$ 20,90 bilhões. Considerando apenas os investimentos feitos no Brasil, de R$ 12,6 bilhões em cinco anos, a participação de São Paulo chegou a 28,6% dos investimentos.

De acordo com Soares, o investimento anual manteve-se praticamente estável no Estado nesse intervalo. Já o investimento total da companhia caiu 21,4% em 2016, ante o ano anterior, e mais 22,5% em 2017, para R$ 3,2 bilhões. Entre 2013 e 2015, quando a Ambev fez investimentos em novas fábricas, o investimento médio anual ficou na casa dos R$ 4,5 bilhões.

Entre 2013 e 2017, a capacidade instalada total da Ambev passou de 280,4 milhões de hectolitros para 276,5 milhões de hectolitros por ano. O número de funcionários, que era de 51,3 mil em 2012, subiu para 52,9 mil em 2013 e baixou para 51,4 mil até 2017 - redução de 2,9%.

O número de empregados encolheu para adequar o quadro de pessoal à queda no volume de produção. Entre 2013 e 2017, a queda na produção foi de 2,2%. Considerando como base o ano de 2014, quando a produção da companhia foi recorde, a queda foi de 5,2% até o ano passado.

A Ambev não divulga dados específicos da produção em São Paulo. No Estado, a companhia mantém cervejarias em Agudos, Jacareí, Guarulhos e Jaguariúna e uma unidade de refrigerantes em Jundiaí. Juntas, as fábricas têm capacidade para produção de mais de 4 milhões de hectolitros de cerveja por mês. A operação de São Paulo é a maior da Ambev no Brasil. No ano passado, a empresa gerou R$ 4 bilhões de ICMS em São Paulo. No Brasil, a empresa arrecadou R$ 17,1 bilhões desse tributo.

Soares disse que nas fábricas paulistas da Ambev foram implantados mais de 1 mil pontos de medição de dados em cada cervejaria, para controlar o processo de produção da bebida.

A inteligência artificial é usada para identificar demandas do processo produtivo e fazer um controle avançado desses processos. "O processo de fabricação da cerveja é muito controlado para ter um processo produtivo estável e garantir a qualidade do produto", afirmou Soares. Ele acrescentou que a cerveja é testada 16 vezes ao longo do processo de fabricação.

Nas unidades de São Paulo, a Ambev também desenvolveu projeto-piloto de controle avançado de processos de maturação e fermentação da cerveja. A empresa usa inteligência artificial para identificar demandas de temperatura da cerveja em todo o processo de produção e determinar o aquecimento ou resfriamento do processo produtivo ao longo da cadeia. A redução nas variações de temperatura evitam o desperdício de energia e melhoram a qualidade da bebida, segundo o diretor.

Soares acrescentou que a Ambev desenvolveu um sistema automatizado para fazer o controle das linhas de envase, que operam com 15 equipamentos de grande porte ao mesmo tempo. A companhia instalou ainda, nas unidades de São Paulo, sensores que medem a atividade de cada equipamento e envia mensagens para o sistema central da fábrica, para avisar se há necessidade de fazer manutenção em algum equipamento antes que ele falhe.

Esses processos foram desenvolvidos em parceria com 14 startups de tecnologia. Essas tecnologias serão implantadas, futuramente, nas outras fábricas da Ambev. O valor a ser investido nos próximos cinco anos é mantido em sigilo.

O executivo observou que os investimentos feitos na indústria 4.0 não provocaram demissões nas fábricas paulistas, nem deslocamento de profissionais para outras áreas. "Investimos constantemente em treinamentos e atualizações dos nossos times. Neste caso, aplicamos cursos específicos para adaptar esses profissionais às novas tecnologias", afirmou Soares.

O executivo também disse que não há uma relação direta entre redução de custos, aumento de produtividade e investimentos em indústria 4.0. "O foco do projeto é a otimização de processos que garantam a excelência operacional, no que se refere à sustentabilidade das cervejarias e à garantia de produzir bebidas com a máxima qualidade", disse Soares.

As operações da Cerveja Ambev nas cidades paulistas empregam diretamente cerca de 9 mil pessoas. Em empregos indiretos, são mais de 450 mil postos de trabalho no Estado - considerando estimativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de que, para cada emprego direto gerado em uma cervejaria, outros 50 são criados na cadeia produtiva.

Parte dos recursos investidos em São Paulo foi aplicada ao longo da cadeia da Ambev, incluindo nove centros de distribuição, bares e na fábrica da cerveja Colorado, em Ribeirão Preto.




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